Quem nunca se encantou pelas fábulas contatas nos livros infantis e nos filmes? A Cigarra e a Formiga; o Leão e o Rato; a Lebre e a Tartaruga são alguns daqueles episódios de nossa infância que nunca esqueceremos. E foi se inspirando nessas e outras narrativas que os alunos da disciplina de Animação Digital do Núcleo de Design, UFPE-CAA, sob orientação do Professor Marcos Buccini, produziram O Macaco e o Rabo. O curta-metragem está muito além de um desenho com personagens simpáticos, tendo como atributo principal fazer-nos refletir sobre nossas atitudes e comportamentos.

Como é típico desse gênero narrativo, o filme segue o mesmo estilo e traz como protagonistas os animais. Na fábula, um macaco que vive se preocupando em observar os outros animais e não cuida da sua própria vida, por desatenção, perde o próprio rabo e parte em uma busca de recuperá-lo. A cada personagem que encontra em sua jornada, sua situação se complica ainda mais.

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Cena de O Macaco e o Rabo. Imagem: Reprodução

Com forte referencial na conhecida fábula A Formiguinha e a Neve (assista aqui) e também nos ditos populares nordestinos, o curta tem a mesma lógica de opressão do personagem central aos antagonistas, mostrando o comportamento humano com o próximo — o que nos faz repensar os conceitos sobre nossas atitudes no dia a dia. Um dos pontos que expõe é o fato de que é recorrente o ser humano tentar se sobre sair em relação aos outros — e, ainda, acha-se “mais esperto” por isso.

Em 8 minutos, a animação, totalmente produzida com técnica de recorte digital, perpassa a ideia de apenas contar um simples fato e nos incita, revelando o quão vulnerável e fraco o humano pode ficar quando deixa de prestar atenção em sua vida e vai julgar as ações dos outros. O Macaco e o Rabo já foi exibido em 42 festivais e mostras de cinema em vários estados do Brasil e também na edição de 2012 do Farcume: Festival de Curtas-metragens, que aconteceu na cidade de Faro, em Portugal.

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