Este ano, o Brasil estará representado na principal premiação do Festival de Cannes não com uma, mas sim duas produções. Além de Aquarius, novo filme do pernambucano Kleber Mendonça Filho, o curta-metragem A Moça que Dançou com o Diabo, produzido pelo grupo Kino-Olho, com direção de João Paulo Miranda, também está em competição.
Mas, produzir o filme e chegar até Cannes não está sendo uma tarefa assim tão fácil. O coletivo, que conseguiu arrecadar R$ 500 em rifas para financiar o filme (de baixíssimo orçamento), hoje enfrenta um novo desafio financeiro. Através de uma campanha de financiamento coletivo no Catarse, o atual objetivo é arrecadar uma quantia de R$ 25 mil e levar a equipe de A Moça… até a competição em Cannes.
Leve a Kino-Olho até Cannes
Para atender às exigências do Festival de Cannes para exibição, o coletivo gastará em média R$ 10 mil na finalização de A Moça que Dançou com o Diabo. Com o orçamento extra obtido pela campanha no Catarse, o Kino-Olho pretende custear a estadia, hospedagem e alimentação para equipe de cinco pessoas do filme (Diretor, Produtor, Diretor de Arte, Design de Som e Fotógrafo) na cidade de Cannes, entre os dias 11 e 22 de maio.
Como em toda campanha de financiamento coletivo, quem ajuda também sai ganhando. Para colaboradores que contribuírem com R$ 20 ou mais, receberá um pôster em alta resolução dos dois últimos filmes do Kino-Olho que estiveram na mostra competitiva de Cannes. Para apoios a partir de R$ 50, um vídeo exclusivo da equipe com a cobertura de tudo que rolou no Festival de Cannes em 2016. Por fim, para R$ 500 ou mais, a nome do colaborador aparecerá nos agradecimentos da versão final do filme.
Veja mais detalhes e colabore com a equipe de A Moça que Dançou com o Diabo no Catarse!
A disputa pela Palma de Ouro
A Moça que Dançou com o Diabo foi um dos 10 curtas selecionados para competir pelo Palma de Ouro. Este ano, o comitê de seleção recebeu 5.008 candidaturas, 458 a mais que em 2015, como informa o site oficial. Ele concorre com produções da Espanha, Colômbia, Tunísia, Reino Unido, Filipinas, França, Romênia, Itália e Suécia.
Em 14 minutos, A Moça… faz uma “releitura contemporânea de um lenda do interior paulista, contada há mais de cem anos. A adaptação trata de uma menina que vive o conflito entre a religião e suas descobertas da adolescência”. O júri da competição será presidido pela cineasta japonesa Naomi Kawase, que anunciará o filme vencedor no dia do encerramento do evento, 22 de maio.
Colabore com o cinema independente brasileiro e leve a equipe do Kino-Olho a Cannes!
