O cineasta e produtor mineiro Guilherme Fiúza anunciou nesta quinta-feira (25) que não irá mais compor a comissão responsável por escolher o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2017. Em uma publicação no Facebook, afirmou que a decisão é justificada por “questões pessoais”.

Nesta quarta (24), os cineastas Gabriel Mascaro e Anna Muylaert retiraram a submissão de seus filmes (“Boi Neon” e “Mãe só há uma”, respectivamente) em protesto a Marcos Petrucelli e em apoio ao filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Petrucelli, que é membro da comissão, criticou abertamente o posicionamento político do cineasta, que concorreu ao Palma de Ouro em Cannes. 

No mesmo dia, o Ministério da Cultura divulgou uma nota em que ressalta “a confiança na capacidade e na isenção da comissão escolhida pela Secretaria do Audiovisual” e que a escolha irá se basear em “critérios estritamente técnicos”.

Filmes em disputa

Continuam com seus filmes submetidos à avaliação da Comissão Especial do Oscar os cineastas Afonso Poyart, com “Mais forte que o mundo”; Sérgio Machado, com “Tudo que aprendemos juntos”; e David Schurmann, com “Pequeno segredo” (único ainda inédito no Brasil).

Poyart e Schurmann afirmaram não ter interesse em retirar seus filmes da competição, enquanto Caio Gullane, produtor de “Tudo que aprendemos juntos”, afirmou ainda não estudar a possibilidade de sair.